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Urgente | Exército sionista inicia bombardeio pesado a Rafah, onde 1,7 milhão de palestinos, 600 mil crianças, estão refugiadas

Após dias de agressões e semanas de ameaças, as forças sionistas iniciaram bombardeios em grande escala à cidade de Rafah. Não apenas isso, miram precisamente na única passagem fronteiriça de Gaza com o Egito, inteiramente interrompendo a entrada de ajuda humanitária e qualquer possibilidade de fuga pela fronteira. Com por volta de 1,7 milhão de palestinos refugiados na cidade, incluindo mais de meio milhão de crianças, o Estado genocida israelense prepara em Rafah um banho de sangue de proporções catastróficas.

segunda-feira 6 de maio | Edição do dia

Começam a chegar relatos aterrorizantes do início de um bombardeio israelense contra a última cidade remanescente da Faixa de Gaza, em proporções ainda maiores que dos últimos dias. Em Rafah, no extremo sul de Gaza, na fronteira com o Egito, aproximadamente 1,7 milhão de palestinos se refugiam da campanha genocida que já devastou o restante do enclave. Após passar meses incitando o povo de Gaza a fugir para esta que já se tornou uma das cidades com maior densidade populacional do planeta, alegando que seria uma suposta “zona segura” em meio à matança, forças israelenses iniciaram há semanas ataques cada vez mais agressivos contra a cidade, com brutais bombardeios, incluindo contra tendas de refugiados nos arredores da cidade.

Na última noite, entre os dias 05/05 e 06/05, cidadãos de Gaza denunciaram o despejo, por aviões israelenses, de panfletos alertando da iminência de uma invasão e hipocritamente ordenando que mais de 100.000 pessoas abrigadas na parte leste da cidade “evacuem”. Pouco após o lançamento dos panfletos, outro bombardeio israelense matou 26 palestinos em Rafah, incluindo 11 crianças.

Agora, fontes locais relatam bombardeios de grande proporção no leste, reduzindo a escombros zonas residenciais inteiras. Se a barbárie sionista não for parada, pode ser o preludio da tragédia anunciada de uma invasão terrestre que teria consequências inimaginavelmente catastróficas.

O Estado israelense confirmou em suas redes sociais que havia iniciado a campanha contra Rafah, publicando que “A IDF está neste momento realizando ataques direcionados contra alvos terroristas do Hamas no leste de Rafah, no sul de Gaza”.

O leste de Rafah, atacado pelos israelenses, inclui a parte da cidade que contem a passagem fronteiriça com o Egito, que tem sido o maior ponto de entrada de ajuda humanitária, além do único lugar pelo qual alguns poucos palestinos conseguem, a duras penas, fugir do país. O ataque israelense, desta forma, não apenas mira em uma população indefesa e sem ter para onde fugir, mas causa o efeito secundário de inteiramente ilhar o povo de Gaza, isolando-os de qualquer ajuda humanitária ou possibilidade de fuga pela fronteira egípcia.

A operação se dá apenas horas depois do anúncio, amplamente celebrado em Gaza e mundialmente, de que o Hamas havia aceitado os termos de um acordo de cessar-fogo. O acordo foi, no entanto, descartado pelo Estado israelense, em uma atitude que pouco surpreende, considerando que Netanyahu já havia anunciado que pretende invadir Rafah “com ou sem” um cessar-fogo. Trata-se de mais uma mostra de como o suposto “resgate aos reféns” não passa de uma desculpa esfarrapada para conduzir uma campanha de limpeza étnica contra o território de Gaza - algo reforçado pelos próprios familiares de reféns israelenses, que há meses denunciam como o governo joga com a vida de seus parentes para justificar a continuada agressão contra Gaza, inclusive com manifestações para exigir um acordo, e um familiar, em entrevista ao Times of Israel trazendo a chocante revelanção de que “Mais tarde descobrimos que o Hamas ofereceu, em 9 ou 10 de outubro, libertar todos os reféns civis em troca da IDF não entrar na Faixa, mas o governo [israelense] rejeitou a oferta”.

A intensificação dos bombardeios acontece, igualmente, logo após a entrada em vigor da chamada “Lei Al-Jazeera”, aprovada pelo parlamento isralense no início de abril, que levou ao fechamento definitivo das operações no território israelense da agência de notícias catari Al-Jazeera, uma das que mais ativamente vinha cobrindo o genocídio palestino.

Rafah é a última cidade da Gaza que ainda não foi invadida pelas forças israelenses. Abriga atualmente a maioria esmagadora da população da Faixa de Gaza, que no curso dos últimos sete meses fugiu progressivamente para o sul conforme as hordas sionistas avançavam desde o norte. Agora, com suas costas contra a fronteira do Egito, o povo de Gaza não tem mais para onde fugir, assistindo a aproximação da agressão israelense como uma sentença de morte declarada para todo o mundo assistir.

É urgente organizar em todo o mundo uma luta que impeça a invasão de Rafah e interrompa imediatamente os bombardeios! Se apoiando na heróica luta estudantil que nos EUA e mundo afora se levanta contra o genocídio, se enfrentando com governos que vendem armas e provém apoio diplomático para a matança israelense, é preciso dizer alto e claro: tirem as mãos de Rafah! Cessar fogo já! Por uma Palestina Livre, do Rio ao Mar! Trata-se de uma luta que nada tem a ver com a hipócrita demagogia do governo Lula, que chora lágrimas de crocodilo diante do banho de sangue ao mesmo tempo que recursos do seu Novo PAC, com aval de seu governo, são usados para comprar armas israelenses! Essa luta só pode ser levada a frente de forma consequente pela classe trabalhadora organizada, inspirada pela bravura das lutas estudantis em todo o mundo, interrompendo as cadeias de suprimento israelenses, como já tiveram iniciativa vários setores de trabalhadores mundo afora e deve ser organizado e generalizado pelas grandes organizações de nossa classe! Por fim ao massacre israelense em Gaza, como primeiro passo na luta para desmantelar o Estado sionista, é uma urgente e central tarefa da nossa classe!

Leia mais: A radicalização estudantil pró-Palestina e a farsa do reformismo lulista




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