segunda-feira 30 de janeiro de 2017 | Edição do dia
Inspirado nos ataques contra imigrantes do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente argentino Mauricio Macri assinou um decreto que aumenta as restrições para a entrada de estrangeiros no país.
O decreto de Macri contempla alterações na Lei de Migração argentina, colocando especial ênfase no aumento das restrições a países com alto índice de migração e com forte narcotráfico como México, Bolivia e Paraguai, e também coloca restrições à pessoas que possuam antecedentes penais. Também será reforçado o contingente policial nas fronteiras argentinas e será aumentado o orçamento para a melhora da infraestrutura nos locais de entrada ao país.
Outra medida contemplada no decreto é a agilização e simplificação do processo para a deportação de imigrantes que sejam considerados ilegais dentro de território argentino.
A medida tomada por Macri toma uma linha política claramente protecionista e hostil aos povos mais empobrecidos da América do Sul, como Paraguai, Bolívia e Peru. São justamente os países que apresentam mais imigrantes em território argentino. A medida, se inspirando na política anti imigrante de Trump, pretende colocar a responsabilidade da crise na Argentina nos imigrantes, que entram no país em busca de melhores oportunidades e que aceitam trabalhos pesados em troca de salários baixíssimos. A medida busca criar condições para explorar ainda mais os setores de imigrantes que continuem em território argentino para garantir mais altos lucros para os empresários aliados de Macri.