Em sua live semanal desta quinta-feira (29), Bolsonaro reafirmou várias notícias falsas sobre o sistema eleitoral, mas afirmou: "Não temos provas, vou deixar bem claro, mas indícios". O presidente, mais uma vez, tenta utilizar do argumento do voto impresso visando manipular o processo eleitoral de 2022
sexta-feira 30 de julho de 2021 | Edição do dia
Imagem: Reprodução/YouTube
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na live desta quinta-feira (29), que não tem provas para afirmar mas que eleições de 2018 tiveram fraudes ou que o sistema eleitoral pode ser fraudado.
O objetivo da live desta quinta era apresentar provas ou argumentos de fraudes nas eleições. No entanto, em mais de duas horas de live, Bolsonaro só propagou fake news e falou sobre temas não relacionados a isso.
Bolsonaro ignorou um dos princípios mais básicos do direito, de que ônus da prova cabe a quem alega o fato e afirmou:
"Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo a acusação. Apresente provas de que ele não é fraudável",
Em seguida ele disse:
"Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas... Não temos provas, vou deixar bem claro, mas indícios que eleições para senadores e deputados podem ocorrer a mesma coisa. Por que não?"
Na apresentação, que deveria mostrar "fatos, acontecimentos" de fraudes, foi apresentado material já desmentido e comprovado como fake news, como vídeos e posts que circulam em redes sociais.
Um dos materiais, que já foi comprovado como falso, foi um vídeo antigo em que um programador dizia ser capaz de fraudar a urna eletrônica, simulando o código-fonte do sistema.
Bolsonaro, ao desqualificar as urnas eletrônicas, continua com a política da extrema-direita de tentativa de manipular o processo eleitoral de 2022. Com o aumento de sua rejeição e a possibilidade de derrota eleitoral, o presidente quer impor suas saídas autoritárias, assim como a extrema-direita dos Estados Unidos, com Trump alegando fraude.
Veja o ED comenta sobre este assunto:
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