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TRANSFOBIA | "Fui bloqueada no Facebook e depois atacada no Twitter por defender a nossa existência de mulheres trans"

Há três dias atrás eu repostei um poema meu escrito sobre amor e o corpo das pessoas trans, junto de uma foto minha no começo do meu tratamento hormonal. Por isso, o Facebook novamente me bloqueou por três dias, como já havia feito com outro poema onde mostrava os seios, de outro poema chamado "Orgulho Trans". Ontem, em resposta a uma matéria do G1 no Twitter que dizia "Travestis e mulher são presas por golpes e assaltos em Copacabana" me enfrentei com vários comentários transfobicos e machistas que faziam piadas sobre o Carnaval que supostamente os homens "se enganam" com as mulheres trans.

Virgínia GuitzelTravesti, trabalhadora da educação e estudante da UFABC

quinta-feira 23 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Há três dias atrás eu repostei um poema meu escrito sobre amor e o corpo das pessoas trans, junto de uma foto minha no começo do meu tratamento hormonal. Por isso, o Facebook novamente me bloqueou por três dias, como já havia feito com outro poema onde mostrava os seios, de outro poema chamado "Orgulho Trans".

Todo mundo sabe que circulam pelo Facebook diversas postagens de ódio, sejam pelas páginas das "feministas" radicais que tratam as pessoas trans com desprezo e ódio, quanto páginas machistas e racistas que são administradas por "Bolsominions", mas estas páginas seguem com toda a legitimidade e apoio do Facebook, enquanto mulheres trans tem seus perfis bloqueadas todas as vezes que se manifestam sobre sua identidade orgulhosa.

Ontem, em resposta a uma matéria do G1 no Twitter que dizia "Travestis e mulher são presas por golpes e assaltos em Copacabana" me enfrentei com vários comentários transfobicos e machistas que faziam piadas sobre o Carnaval que supostamente os homens "se enganam" com as mulheres trans.

Os comentários das matérias do G1, em torno das questões LGBT, são já conhecidos por seu conteúdo machista e LGBTfobico. Tanto o é, que muitas comunidades LGBT na internet dizem que se deve evitar a leitura destes, pois só reproduzem discursos de ódio e incentivos a práticas LGBTfobicas, como os que sofri por defender a existência de mulheres transsexuais e que a genitália não define a identidade de gênero.

Abaixo coloco alguns prints mais asquerosos que demonstram que a denuncia que fiz do Brasil como o país do transfeminicídio é inaceitável e despertar o ódio destes que tentaram me atingir, inclusive pegando fotos pessoais da minha conta para me desmoralizar.

Eu junto a Faísca Anticapitalista e Revolucionária não me intimido e não me sinto atingida por estes comentários, pois nos colocamos a apaixonada tarefa de destruir esta sociedade de opressão e colocar de pé uma sociedade verdadeiramente livre, onde as identidades de gênero possam ser construídas livremente, sem carregar "castigos secretos" e sem despertar ódio pela nossa identidade orgulhosa. Seguimos na luta contra toda opressão e denunciando a triste realidade do papel do capitalismo, do patriarcado e da repressão sexual nos limites para nosso desenvolvimento humano.

15 PRINTS que mostram o Brasil o país do TRANSFEMINICÍDIO:

1. Identidade de gênero não é fantasia!

2. Ótimo argumentos sobre identidade de gênero de um homem cis

3. Cirurgias não definem gênero, nem genitália!

4. Porque é tão difícil se assumir transfobico, machista e misógino?

5. Neomulheres? Entendido do assunto...

6. Leitura não parece um forte da direita transfóbica

7. Indicação de compra de Manual de regras corporais e identitárias

8. Alguém parece não saber dos 25 mil que Levy terá de pagar por seus comentários

9. Estudada sobre a precarização da vida da população trans...

10. Só pessoas cis podem ser heterossexuais...

11. Indicação cirúrgica de um grande estudante de medicina

12. Alguém demonstrou interesse no meu genital...

13. Recordações de um biologo do ensino médio machista

14. Risos transfóbicos

15. QUE?




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