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Depois da iniciativa do Conselho Diretor de Base (CDB) em fazer a primeira exibição pública no Brasil do filme inglês “PRIDE: lésbicas e gays apóiam os mineiros”, os trabalhadores da USP aprovaram unanimemente em seu VI Congresso a criação da Secretaria de Diversidade Sexual e LGBT.

quinta-feira 10 de setembro de 2015 | 03:31

Depois da iniciativa do Conselho Diretor de Base (CDB) em fazer a primeira exibição pública no Brasil do filme inglês “PRIDE: lésbicas e gays apóiam os mineiros”, os trabalhadores da USP aprovaram unanimemente em seu VI Congresso a criação da Secretaria de Diversidade Sexual e LGBT.

O lançamento dessa Secretaria representa a consolidação dos avanços que a categoria vem tendo nos debates de gênero e sexualidade a partir das experiências da forte greve de 2014. Na época, diante do assassinato de João Donatti, um dentre os 326 LGBT’s assassinados anualmente no Brasil, o Comando de Greve organizou uma mesa de debate sorbe machismo, homofobia e transfobia e levou uma delegação de trabalhadores da USP em greve ao ato que ocorreu no centro de São Paulo para prestar solidariedade à família e exigir punição à homofobia.

No início desse ano, os trabalhadores da unidade de manutenção da USP (“Prefeitura”) paralisaram por vinte dias as atividades, para denunciar e exigir providências contra os assédios machistas e homofóbicos de chefes e superiores, os quais terminaram sendo transferidos e um processo de sindicância foi aberto, obrigando a Universidade a reconhecer o assédio e consequentemente seu conteúdo homofóbico e machista.

Não só como consolidação dessas experiências, mas o lançamento da Secretaria de Diversidade Sexual e LGBT deve ser vista também como o ponto inicial de uma militância LGBT organizada entre trabalhadores e trabalhadoras da USP na busca estratégica de dar exemplos para outras categorias em colocar nossa classe como sujeito hegemônico da defesa dos direitos dos setores oprimidos por essa sociedade de exploração e esse sistema político e social de domínio dos patrões e da burguesia.

O lançamento começará as 17:00 com a exibição de curtas e vídeos que apresentem a homo e transexualidade e discutam a LGBTfobia. Logo em seguida terá início a mesa de lançamento da Secretaria com a presença de Carlos Daniel, membro do Setorial LGBT da CSP-Conlutas; Cris Rose, estudante trans da letras e moradora do Conjunto Residencial da USP; Raquel, estudante da engenharia e do Coletivo LGBT PoliPride; e Adriano Favarin, coordendor da Secretaria de Diversidade Sexual e LGBT do SINTUSP.

As 19:00 terá início a festa “Piqueteiros contra as Opressões”, combinando o estilo Buteco de porções e bebidas com dança de salão, banda de pop-rock, batalha de MC’s e DJ, dentro do espaço do Sindicato, que estará decorado com imagens, dados, fotos e faixas relacionadas à temática da própria festa e ao lançamento da Secretaria.




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