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UNICAMP | Abertura do bandejão aos finais de semana: exigir contratações para garantir a conquista

Finalmente neste sábado (06/04), pela primeira vez a Unicamp abriu o restaurante universitário (com a experiência começando no Restaurante Saturnino - RS), aos finais de semana. Anteriormente o restaurante funcionava nesse período apenas para a produção da comida servida no Hospital das Clínicas (HC). A abertura do restaurante para todo o corpo universitário foi uma conquista do Movimento Estudantil, sendo um dos motes da greve e da ocupação de 2023, junto também com es estudantes que constroem o “Bandejão da Moras”. O almoço do sábado foi marcado por uma enorme fila e mais de três mil refeições servidas, mostrando como essa política de permanência é de extrema importância para todes es estudantes.

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terça-feira 9 de abril | Edição do dia

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Nós estudantes da Faísca estivemos acompanhando essa inauguração, dialogando inclusive com trabalhadores terceirizades, nos solidarizando com sua luta. Sendo uma das demandas da greve, a conquista do bandejão aos finais de semana mostra a força do movimento estudantil que arrancou com muita luta, piquete e ocupação essa necessidade tão essencial, a contragosto da reitoria, que agora quer aparecer como generosa e preocupada com a permanência estudantil. As filas enormes mostram como a reitoria e a Soluções tratam com descaso a permanência estudantil e precarizam ainda mais a vida des trabalhadores terceirizades, que sem nenhuma contratação efetivada seguem com a mesma equipe tendo seu trabalho intensificado devido ao gigantesco aumento na demanda, mesmo comparado a um dia útil da semana. Nós da juventude Faísca Revolucionária construímos o Comitê em Defesa das Terceirizadas junto a estudantes de diversos cursos da universidade, e também construímos junto com trabalhadores do Movimento Nossa Classe o Manifesto contra a Terceirização e a Precarização do Trabalho.

Além da sobrecarga de trabalho maior que o padrão dos dias de semana, com falta de contratações, trabalhadores relatam que com a nova jornada vão enfrentar problema para retornar a suas casas devido a menor quantidade de linhas e frota de ônibus disponíveis no final de semana e ao horário restrito das mesma, ou a linha 330 que liga a universidade direto ao centro de campinas que não funciona nesses dias, sendo responsabilidade da Soluções e da reitoria garantir transporte de qualidade a todes es trabalhadores que precisem.

O movimento estudantil arrancou uma grande vitória, mas para garantir de fato a nossa permanência, ela não pode ser baseada na maior exploração da vida des trabalhadores, um jogo que a reitoria faz para dividir es estudantes daqueles que constroem a universidade todos os dias. Precisamos nos apoiar nessa conquista para exigir um bandejão e permanência estudantil de qualidade, com mais contratações e pagamento dos salários atrasados, transporte garantido, com condições dignas de trabalho e a reforma da moradia estudantil, que vem sofrendo com o descaso da Unicamp.

Nesse momento onde a frente ampla de Lula-Alckmin avança com a legalização da uberização do trabalho, o movimento estudantil tem que ser na linha de frente para enfrentar toda forma de precarização como é o trabalho terceirizado, se colocando ao lado des trabalhadores, que em sua maioria são mulheres negras, de forma independente da reitoria para lutar para que todes sejam efetivados sem necessidade de concurso público.




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