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PGR | Apoiador da ditadura, da Lava Jato e racista: conheça o favorito de Lula à PGR

Paulo Gonet Branco, jurista amigo de Gilmar Mendes e que conta também com o apoio de Alexandre de Moraes, do atual presidente do Senado Rodrigo Pacheco, do Centrão e do bolsonarismo, é a provável indicação de Lula para a Procuradoria Geral da República. Hoje subprocurador-geral da República Gonet é reconhecido por ser ultraconservador defensor de todas as teses reacionárias do fundamentalismo cristão, defensor da ditadura militar, protagonista da operação Lava-Jato e contra as cotas raciais, uma figura reacionária próxima ao bolsonarismos é a escolha de Lula.

quarta-feira 22 de novembro de 2023 | Edição do dia

Paulo Gonet Branco, amigo de Gilmar Mendes e que conta também com o apoio de Alexandre de Moraes, do atual presidente do Senado Rodrigo Pacheco, do Centrão e do bolsonarismo, é a provável indicação de Lula para a Procuradoria Geral da República. Cristão conservador o nome de Gonet foi defendido para o cargo na PGR por figuras como a bolsonarista Bia Kicis (PL-SP) que disse que ele era um “conservador raíz”.

Na década de 1990, Gonet atuou nos julgamentos na Comissão de Mortos e Desaparecidos como representante do Ministério Público Federal. À época, ele votou contra o reconhecimento da responsabilidade do Estado em casos de grande repercussão, como o da assassinato da estilista Zuzu Angel, em 1976; do estudante secundarista Edson Luís, assassinado em 1968; de Carlos Marighella e Carlos Lamarca, mortos em 1969 e 1971.

Em julho de 2010, antes da aprovação da Lei de Cotas (que aconteceria em 2012), Gonet participou do julgamento de um mandado de segurança sobre cotas na qualidade de procurador regional da República. A Universidade Federal do Pará havia implementado a política de cotas, como outras universidades o fizeram no processo que levou à aprovação da Lei em 2012; a primeira foi a UFRJ, seguida pela própria UFPA, UnB e UFRGS. O mandado havia sido impetrado por uma estudante que se sentiu prejudicada pela instituição das cotas. O parecer de Gonet foi a favor dela e contra a UFPA. Segundo Gonet: "a política de cotas significa restrição a direito fundamental", "o sistema de cotas é capaz de engendrar injustiças inaceitáveis, política e juridicamente”. Gonet ainda defende a ideia de que exista a “discriminação reversa”.

Paulo Gonet ainda é amigo íntimo de Ives Gandra Filho, defensor da reforma trabalhista do golpista Temer, responsável pelo desemprego, pela precarização, e pela exploração cada vez mais profunda da classe trabalhadora em nome dos lucros dos grandes empresários, reforma esta que Lula não revogou e nem revogará justamente porque está comprometido com a frente amplissima que garante os interesses dos capitalistas e que para isso vale ceder ministérios até para partidos da direita e bolsonaristas como o PP de Arthur Lira e o Republicanos, de Tarcísio de Freitas.

A possível indicação de Paulo Gonet para a PGR é mais um exemplo de como a conciliação levada a frente pelo governo Lula-Alckmin é o que abre espaço para a extrema direita reacionária.




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