O Brasil está se aproximando das 400 mil mortes por COVID-19, sendo que os primeiros 4 meses de 2021 já acumulam mais mortes que o ano de 2020 inteiro. Ao mesmo tempo, Bolsonaro posa sorridente ao lado de ministros para foto com placa escrita “CPF cancelado”, reafirmando seus laços milicianos.
segunda-feira 26 de abril de 2021 | Edição do dia
Imagem: Reprodução
Neste final de semana, ao mesmo tempo em que o país se aproxima a passos largos das 400 mil mortes por COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro posou sorridente para uma foto com a placa escrito “CPF Cancelado”.
Esta expressão é uma gíria irônica utilizada por grupos de extermínio, como as milícias, quando alguém é morto. As milícias são facções criminosas que possuem ligações estreitas com o Estado e impõem seu poder armado e econômico principalmente aos moradores de periferia. Estas milícias são referendadas pela família Bolsonaro
Na foto, junto de Bolsonaro e do apresentador Sikêra Jr, estão Milton Ribeiro, Ministro da Educação, Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde, e Gilson Machado, do Turismo.
A foto foi tirada em Manaus, onde o presidente negacionista foi participar do programa de Sikêra Jr, apresentador de “A Crítica”. Além da foto que repercutiu com inúmeras críticas pelas redes sociais, Bolsonaro também protagonizou piadas homofóbicas no programa: “Esse queima ou não queima?”, disse o reacionário a um assistente de produção.
A cidade de Manaus foi justamente uma das que mais sofreu com o descaso do governo federal e também dos governos regionais, ocasionando em um profundo colapso e cenas terríveis de mortes por COVID-19.
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De longe, essa não é a primeira barbaridade protagonizada por Bolsonaro frente à pandemia. Se referindo às mortes por COVID-19, ele já falou ser “mimimi”, questionou “vão ficar chorando até quando?” e seguidamente questiona o número elevado de mortes no Brasil, como se a causa não fosse óbvia: Bolsonaro, militares, golpistas e governadores, priorizando os lucros de empresários em detrimento da vida da maioria da população, abriram caminho para estarmos nessa situação caótica.