Em uma assembléia com mais de 100 estudantes dos cursos de Ciências Sociais e História, foi aprovada por unanimidade uma paralisação para a próxima terça-feira, 25, contra o aumento no bandejão e os ataques de Knobel e Alckmin à Unicamp.
Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN
quinta-feira 21 de setembro de 2017 | Edição do dia
Nessa terça-feira ocorrerá a votação no CONSU do pacotão de cortes proposto pela reitoria do Knobel, dentre eles o aumento no bandejão, o fim da reposição de quadros docentes e de funcionários, dentre outros ataques.
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No início da assembleia, Natália Mantovan, ecetista de Campinas e militante do movimento Nossa Classe, informou os estudantes sobre a greve nacional de Correios contra a privatização e a Reforma Trabalhista que teve início essa semana.
Em seguida debateu-se o financiamento das universidades estaduais paulista, o ICMS e a necessidade dos estudantes lutarem pela abertura do livro de contas da universidade para que toda comunidade acadêmica possa saber aonde que está a crise na Unicamp.
No mesmo sentido, foi remarcada a importância do debate orçamentário não estar descolado de uma preocupação mais ampla dos estudantes apresentarem uma alternativa política, um novo projeto de universidade que se oponha ao projeto sucateador e terceirizador a serviço dos empresários que promove o CONSU e a reitoria.
A implementação das cotas-étnico raciais está próxima, de modo que é fundamental que os estudantes lutem para garantia de uma inclusão verdadeira, com garantia de permanência estudantil, em defesa do bandejão. Esse ataque pode ser só o começo de uma política de destruição da permanência estudantil, fundamental para que as cotas promovam uma inclusão de fato.