×

Conciliação que fortalece a extrema direita | Governo Lula-Alckmin “não enfrentou a violência policial”, diz diretor de entidade internacional de Direitos Humanos

Dados preliminares indicam que letalidade policial aumentou em 16 estados no primeiro semestre do governo Lula-Alckmin em relação ao 1º semestre de 2022.

terça-feira 16 de janeiro | Edição do dia

Foto: Ato das famílias dos mortos pela operação Escudo - Ago/2023 (Carlos Ratton/DL)

Em relatório, a entidade internacional Human Rights Watch (HRW) se baseia em dados preliminares levantados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) para afirmar que o governo Lula-Alckmin “não enfrentou a violência policial e não priorizou a defesa dos direitos humanos no campo da segurança pública”, conforme declaração do diretor da entidade no Brasil, César Muñoz, para a mídia Ponte.

A entidade destaca ainda episódios que chamaram a atenção da comunidade internacional, como foi o caso da operação policial racista do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Baixada Santista, que assassinou 28 pessoas em julho do ano passado. Em outro relatório, a HRW ainda identificou uma série de “falhas” na investigação dessa operação policial com contornos de chacina, garantindo a impunidade da PM chancelada por Tarcísio.

No entanto, segundo o levantamento do FBSP, mesmo em estados onde houve ligeira retração nos índices de letalidade, esta ainda segue alta e alvo de atenção das entidades de direitos humanos. No caso da Bahia, governada por Jerônimo Rodrigues (PT), houve ligeira retração no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período em 2022, mas o número cresceu em relação ao segundo semestre de 2022, o que indica uma tendência de aumento da violência policial.

Veja também: "Lula e Tarcísio estão em sintonia", diz ministro enquanto governador ataca greve contra privatizações

Toda essa degradação das condições de vida não está descolada da atuação do governo do PT, que com um discurso de derrotar o bolsonarismo por via da frente ampla vem mantendo de pé todo plano econômico e repressivo de Bolsonaro com o financiamento e legitimação das polícias, a não revogação das reformas, além do brutal ataque do Arcabouço Fiscal, o novo teto de gastos que limita o investimento em saúde e educação atingindo diretamente as camadas mais vulneráveis.

Pode te interessar: O alvo principal da prisão por tráfico sem investigação em SP é o povo negro

Pelo fim das operações sanguinárias das polícias em todo Brasil, pelo fim dos tribunais militares que aliviam os assassinos, pela revogação das reformas, Arcabouço Fiscal e Marco Temporal que aprofunda o massacre aos povos originários. Exigimos o fim das operações policiais e que os movimentos sociais, centrais sindicais e estudantis como a CUT, CTB e UNE, armem um plano de luta organizado nos locais de estudo e trabalho com uma mobilização nacional e unificada pra exigir justiça pelos mortos pela polícia. Que todo ódio e indignação seja transformado em luta organizada contra a violência policial e a ideologia da extrema direita!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias