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DESCASO | Moradia estudantil alaga e fica sem luz, fruto da precarização da permanência e da negligência da reitoria de Tom Zé

Ontem, 31/01, fortes chuvas atingiram a cidade de Campinas. A moradia estudantil da Unicamp foi especialmente afetada, com casas alagadas e ficando sem luz devido à queda de árvores.

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quinta-feira 1º de fevereiro | Edição do dia

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Fortes chuvas atingiram a cidade de Campinas no último dia do mês de janeiro de 2024. Os eventos naturais que se desenrolaram, por mais que tenham sido intensos, não deveriam causar os alagamentos e a falta de energia que ocorreu na Moradia Estudantil da Unicamp. Árvores caíram muito próximo de algumas casas, e outras caíram puxando fios de energia, deixando a moradia toda sem luz, e também expondo moradores ao risco de choques elétricos. Além disso, houveram casas onde a água saía como cachoeiras do teto, por vezes do próprio soquete das lâmpadas. Essas fortes chuvas, intensificadas pela crise climática causada pela ganância capitalista, afetam também outras áreas periféricas da cidade de Campinas, além dos recorrentes deslizamentos no Rio de Janeiro ou alagamentos em São Paulo, e também recentemente no Rio Grande do Sul.

As casas mais afetadas pela chuva possuem problemas estruturais que já foram relatados para a Unicamp diversas vezes, mas que a reitoria simplesmente ignora ou diz que irá resolver mas não faz nada. Isso não é um problema de hoje, e o descaso da reitoria com a moradia estudantil, tanto da gestão de Tom Zé mas também das anteriores, escancara como o projeto elitista da universidade trata os estudantes mais pobres, que após superarem o filtro racista e elitista do vestibular ainda tem que morar em condições precárias.

A luta do movimento estudantil foi o que conquistou a construção da moradia com o movimento Taba na década de 80. A greve discente de 2016 que foi responsável pela conquista das cotas étnico raciais na Unicamp tinha como um de seus eixos a expansão da moradia, o que foi conquistado, mas a reitoria desde então não garantiu as novas vagas. Desde sua fundação, a moradia é insuficiente para prover o número de vagas conforme a demanda dos estudantes de rendas mais baixas, e sua expansão voltou a ser tema da greve do ano passado, junto a muitas outras demandas como cotas trans e PCD, bandejão aos finais de semana e expansão da permanência estudantil. Somente a luta pode dar continuidade a esse legado de conquista, arrancando condições dignas de moradia dessa universidade elitista que se vangloria de estar no topo dos rankings de ensino e pesquisa mas que não garante permanência a seus estudantes.

Todes à assembleia na moradia estudantil hoje, 01//02, às 19h!




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