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ELEIÇÕES ANDES-SN 2023 | Os docentes de Esquerda Diário apoiamos a Chapa 2 – ANDES-SN Classista e de Luta

terça-feira 9 de maio de 2023 | Edição do dia

Durante os dias 10 e 11 de maio de 2023 ocorrerão as eleições para a próxima Diretoria do Sindicato Nacional das(os) Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) para o biênio 2023-2025. Os docentes de Esquerda Diário apoiamos a Chapa 2 – ANDES-SN Classista e de Luta na perspectiva de defender independência política do sindicato diante do governo Lula, as reitorias e para organizar a luta pela base contra a extrema direita. Essa chapa é a única que defende a independência política, lutando por um sindicato autônomo dos governos, das reitorias do Estado e dos patrões, classista e de luta. Leva como candidatos André Rodrigues Guimarães Universidade Federal de Amapá (UFAP) Secretária-Geral Celeste dos Santos Pereira da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e primeiro tesoureiro Welbson do Vale Madeira da Universidade Federal de Amazonas (UFMA), os três principais cargos da eleição.

A conjuntura desta eleição se da num contexto de novos ventos internacionais com as poderosas lutas de classes na França contra a reforma da previdência de Macron, no marco da guerra em Ucrânia em Europa e depois de na América Latina ocorrerem rebeliões como em Chile e Colômbia, e a luta contra o golpe no Peru. Isso coloca um cenário importante para que no Brasil estejamos atentos a essa realidade internacional, já que a extrema-direita se mantém como força política nacional e a política de conciliação do governo Lula não pode ser uma alternativa para enfrentá-la. Ao contrário disso, já vemos a partir do governo não só a manutenção das reformas (como a trabalhista, previdência), mas também a criação do chamado “novo arcabouço fiscal”, que mantém a velha política de arrocho fiscal contra os trabalhadores.

Neste contexto no sindicato nacional a novidade desta eleição nacional é a participação de três chapas, o que acrescenta a divisão na sua superestrutura. Embora não estejamos compondo nenhuma das chapas, achamos que é importante apoiar a chapa 2 tendo como ponto fundamental o fato de representar um setor do ativismo que busca manter a independência política do governo e traçar críticas a política de conciliação de classes. No atual momento do país é um fator decisivo para nós que se busque manter uma vanguarda coesa nessa perspectiva.

Nesse marco, a chapa 2 foi a única que manteve uma posição de defesa da permanência na CSP-Conlutas, o que é um indicador de sua independência política, frente a posição da atual diretoria Chapa 1 (PCB – Resistencia PSOL e independentes), não havendo explicitado no programa com que foi eleita que defenderia essa posição a e Chapa 3 (Renova ANDES – PT) que sempre defendeu estar na CUT e hoje pretende subordinar toda a política do sindicato a lógica governamental.

Além disso, acreditamos que essa chapa defende princípios de organização democrática do sindicato que são importantes de serem mantidos: desde seu estatuto aponta para assembleias regulares, delegados de base, e quando em greve existem comandos de greve que dirigem o organismo, as posições dos delegados e representantes da base têm direito de expressão e decisão nacionalmente, além de não praticar a cobrança compulsória do imposto sindical, coisa completamente diferente dos sindicatos cutistas. Importante retomar esse ponto pois vemos com gravidade algumas tentativas de inviabilizar a chapa 2 da participação no pleito. Não podemos aceitar manobras de nenhum tipo para inviabilizar o debate democrático entre as chapas e a eleição.

Assim nosso apoio a Chapa 2 implica em debates políticos e programáticos que devem ser feitos e avançar, mas parte de reconhecer diferenças importantes com a política da chapa 1 e a chapa 3. Indo além desses pontos, acreditamos que não é só necessária a preservação e defesa da educação e da universidade pública, mas também sua transformação e uma democratização radical do seu caráter de classe.

Vale ainda destacar que é fundamental focar em pontos estruturais do país em que os intelectuais e professores podem cumprir um grande papel, como na luta contra a precarização do trabalho, expressa no “Manifesto contra a terceirização” que vem sendo impulsionado nas universidades e locais de trabalho. Nós defendemos a incorporação dos terceirizados sem concursos aos quadros de trabalhadores efetivos na perspectiva da unidade de nossa classe. Trata-se de uma demanda fundamental no marco da profunda precarização do trabalho na qual estamos inseridos. Não podemos defender nossos direitos enquanto sob os nossos olhos vemos a terceirização do trabalho nos dividir, superexplorando trabalhadoras e trabalhadores negros dentro da universidade pública.

Assim, a partir do Esquerda Diário chamamos aos professores a votar na Chapa 2 ANDES-SN Classista e de Luta nas eleições da ANDES-SN para o biênio 2023-2025, e avançar nos debates políticos e programáticos para a buscar de uma universidade a serviço da classe trabalhadora e do povo pobre. Defender independência política do sindicato frente ao governo Lula e as reitorias e a unidade da categoria pela base na luta contra a extrema direita e as reformas econômicas neoliberais que seguem vigentes, com o conjunto da classe trabalhadora e os setores populares e oprimidos do Brasil.




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