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REPRESSÃO POLICIAL | POLÍCIA PRENDE ESTUDANTES E EDUCADORES EM OCUPAÇÃO NA FÁBRICA DE CULTURA CONTRA DEMISSÕES E CORTES

Diana AssunçãoSão Paulo | @dianaassuncaoED

sábado 2 de julho de 2016 | Edição do dia

Hoje, 2/7, a Polícia Militar realizou uma brutal repressão contra aprendizes, oficineiros e professores na ocupação que ocorria na Fábrica De Cultura Brasilândia, prendendo 30 pessoas, a maioria menores de idade. Eles foram levados para a 72ª DP, onde ainda se encontram detidos até o momento.

A ocupação foi feita em protesto contra demissões de educadores em greve e os cortes feitos nos programas de formação. Os ocupantes reivindicavam não apenas a reversão dessas medidas, mas também o direito de ver as contas da Organização Social de Cultura Poiesis, que administra a Fábrica de Cultura.

Esse caso tem muito em comum com o recente fechamento das creches: essas "organizações sociais" (apenas um "nome bonito" para empresas privadas) são contratadas pelos governos e lucram com o gerenciamento dos serviços públicos em diversas áreas, como educação e saúde. Aquilo que deveria ser um direito torna-se uma mercadoria, e o Estado é apenas um mediador para essas empresas.

Enquanto isso, cada vez mais cortes. O que a ocupação da Fábrica de Cultura da Brasilândia reivindica é o direito mínimo de sabermos o que é feito com esse dinheiro: se há cortes, como há lucro para essas OS que gerem as fábricas?
Quanto à medida repressiva da polícia para tentar calar a voz dos que questionam, mostra mais uma vez que governos como os de Alckmin e Haddad estão dispostos a atacar qualquer direito de greve, de manifestação ou questionamento em nome de garantir os lucros de seus parceiros. São governo a serviço dos lucros doa patrões, e não das necessidades da população.

Basta! Abertura de conta de todas as OS e que todos os serviços de educação e saúde sejam administrados pelos trabalhadores e usuários! Confisco dos bens dessas empresas privadas para que sejam revertidos para os direitos da população! Nossos direitos não devem ser mercadoria na mão de governos e empresários.




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