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Privatização | População fecha avenidas e rodovias denunciando apagão em SP, privatização é escuridão

Protestos e manifestações na noite desta terça-feira (7) fecharam duas grandes vias das zonas oeste e sul de São Paulo contra o apagão que permanece para milhares de moradores desde as chuvas que atingiram a capital paulista. A avenida Giovanni Gronchi, na região do Morumbi, e a Rodovia Raposo Tavares, em Cotia, foram interditadas pela população que denuncia o descaso da Enel, concessionária de energia privatizada, o que demonstra mais uma vez que a privatização prejudica de conjunto o acesso da população a serviços básicos como a energia elétrica e que o plano privatista de Tarcísio para a Sabesp, Metrô e CPTM segue pelo mesmo caminho.

quarta-feira 8 de novembro de 2023 | Edição do dia

Segundo dados oficiais mais recentes da concessionária Enel, cerca de 30,2 mil imóveis na região metropolitana de São Paulo continuam nesta terça com o fornecimento de energia elétrica interrompido por causa do vendaval e da tempestade da última sexta-feira (3). As fortes chuvas, resultado da crise climática, revelam o que o capitalismo relega estruturalmente à população, com pelo menos 7 mortos pela tragédia anunciada, que deixou inicialmente ao menos 2,5 milhões de pessoas sem luz e sem acesso a direitos básicos como água, luz e transporte.

Diante dessa situação a população de São Paulo mostra sua revolta e descontentamento com a precariedade do serviço prestado pela privatizada concessionária Enel. Na Giovanni Gronchi, moradores da região colocaram fogo em objetos na pista, o que provocou a interdição da avenida na região do "Ladeirão do Morumbi". O protesto chegou a ser dispersado, mas a via voltou a ser fechada no cruzamento com a rua Clementine Brenne por volta das 20h20.

Na rodovia Raposo Tavares, o DER (Departamento de Estradas e Rodagens) disse que a manifestação começou por volta das 16h, no km 031+500, sentido oeste, em Cotia. Por volta das 19h30 havia interdição de uma faixa de rolamento da via marginal e 5 km de congestionamento.

Às 19h50, um terceiro protesto fechou a pista na altura do número 4.951 da avenida Guarapiranga, na zona sul, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

O apagão que permanece para milhares de pessoas em São Paulo comprova como a privatização da Eletropaulo em 2018, privatizada em 2018 e que de lá para cá cortou 36% dos trabalhadores, faz com que a população continue sofrendo as consequências. É essa política que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer para o Metrô, a Sabesp e a CPTM.

Por isso é urgente se solidarizar com os metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp. Essa mobilização da população mostra como é necessário construir uma greve geral contra as privatizações para defender a população de Tarcísio que quer privatizar tudo, batalhando pela reestatização da Enel sob gestão dos trabalhadores e controle dos usuários, porque não são os capitalistas donos da Enel e futuros donos do metrô e da Sabesp que vivem essa precarização e conhecem as necessidades, mas sim quem todo dia bota pra funcionar água, luz e transporte, e a população que utiliza esses direitos.




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