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Meio ambiente | Seguindo a cartilha neoliberal, governo Lula-Alckmin anuncia novo corte de verbas no Ministério do Meio Ambiente

Seguindo a cartilha neoliberal de “responsabilidade fiscal”, após os cortes milionários na saúde e na educação, o governo Lula-Alckmin anuncia novo corte de verbas no Ministério do Meio Ambiente, chefiado pela ministra Marina Silva.

sábado 9 de setembro de 2023 | Edição do dia

A proposta de orçamento enviada na última quinta-feira (31) ao Congresso Nacional, prevê a ampliação de recursos para algumas pastas do Ministério, como a de Mudança do Clima, além do aumento de 1,5% nas despesas discricionárias. Entretanto, além de não ser o suficiente para repor a inflação, que deve encerrar 2023 em alta segundo estimativas do governo, não passa de uma redistribuição de recursos dentro do próprio ministério, que não altera o projeto de corte orçamentário previsto para 2024, chegando a R$ 700 milhões.

Atualmente, o Ministério do Meio Ambiente dispõe de aproximadamente R$ 4,3 bilhões em recursos. Contudo, as projeções indicam que esse valor será reduzido para R$ 3,6 bilhões até 2024, representando assim uma diminuição de 16% no seu orçamento. Lula aplica esse corte enquanto discursa na Cúpula da Amazônia em defesa das florestas e pelo desmatamento zero, ao mesmo tempo em que vemos uma série de catástrofes climáticas e ambientais pelo país. Mas não surpreende, já que em seu primeiro governo, período em que Marina Silva também ocupou o cargo de ministra, houve um histórico de cortes no orçamento do Ministério.

Após o Arcabouço Fiscal, o teto de gastos de Lula-Haddad, os cortes são um atestado da subordinação do governo de frente ampla aos interesses dos capitalistas, garantindo que esses problemas estruturais serão mantidos, e que continuarão a política econômica de ataques contra o meio ambiente, os trabalhadores e o povo pobre.

Não será misturando pautas ambientais com a defesa de interesses dos capitalistas que lucram com a própria exploração da natureza e dos trabalhadores que responderemos à emergente e escandalosa crise climática que vivemos hoje, com tendências assustadoras de se aprofundar. A luta contra a destruição ambiental precisa ser parte de um combate anticapitalista de conjunto, com independência política dos governos, unindo a classe trabalhadora e todos os setores oprimidos na luta de classes.




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