Os demais trabalhadores são obrigados a trabalhar sem informações ou medidas de segurança adequadas. Só ontem (19), com muito atraso, em resposta aos questionamentos, a reitoria da UERJ anunciou que tomaria medidas de prevenção.
sexta-feira 20 de março de 2020 | Edição do dia
Imagem: Domingos Peixoto / Agência O Globo
POR TESTES E SEGURANÇA PARA OS TRABALHADORES DO HUPE UERJ E DEMAIS UNIDADES DE SAÚDE!
Ao menos 25 médicos que atuam no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE - UERJ) entraram em quarentena devido ao coronavírus, segundo divulgado pelo jornal O Globo. Já na quarta, 90% da equipe de nefrologia estava fora de serviço.
Desde a semana passada, quando confirmado o caso grave de um médico no hospital, todos os profissionais de saúde passam por situações inadmissíveis. Há relatos de falta de equipamentos de proteção individual e falta de informações para os próprios profissionais e os funcionários.
Mesmo após a confirmação de coronavírus em dois médicos, ainda não foram realizados testes nos demais trabalhadores do hospital para que seja possível mapear e parar a contaminação. Essa negligencia coloca em risco a saúde dos trabalhadores do hospital, de seus familiares e de toda a comunidade que tem contato direta ou indiretamente com o HUPE.
Essa quarta (18) a gestão do Centro Acadêmico do Serviço Social (CASS) se posicionou publicamente por testes de segurança para os trabalhadores do HUPE UERJ e demais unidades de saúde:
“Exigimos imediatas condições de proteção e trabalho a todos os profissionais, liberação dos grupos de riscos do hospital, testes a todos profissionais (servidores, terceirizados e residentes) e contratação de profissionais para que se possa atender a população.”
Ontem (19), em resposta aos questionamentos, a reitoria da UERJ anunciou que tomaria medidas de prevenção ao vírus. A demora em responder às necessidades dos trabalhadores da saúde por parte da reitoria permitiu exposição ao vírus e sua disseminação em escada ainda não calculável. Por isso, nós do Esquerda Diário nos somamos à exigência feita pelo CASS e declaramos:
Não podemos aceitar a demagogia dos governos e da reitoria que indicam quarentena aos serviços não essenciais e mantém sobre nenhuma proteção os trabalhadores essenciais como os da saúde!
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