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CONSEQUÊNCIA DO AJUSTE FISCAL | Trabalhador brasileiro está mais pobre

quinta-feira 22 de outubro de 2015 | 23:56

De janeiro até setembro a renda média real dos trabalhadores caiu 2,5%, informou nesta quinta-feira, 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com um salário real 4,3% menor do que em setembro de 2014, essa é a maior queda registrada para esse mês desde 2003.

Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do órgão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirma que a perda no poder de compra é causada tanto pela queda no emprego quanto pelo menor poder de barganha dos empregados. Com mais de um milhão de demissões desde o início do ano e com o pacto firmado entre os patrões e as centrais sindicais pelegas e governistas de redução da jornada com redução de salário, de rescisões temporárias do contrato de trabalho e de planos de incentivo a demissão voluntário, não era de se esperar outro cenário.

A inflação e a alta dos preços dos bens básicos, como gasolina, alimentação, aluguel e contas têm diminuído a renda das famílias, de acordo com Adriana “A perda de renda pelo domicílio faz com que até membros que antes não estavam tomando providências para conseguir emprego passem a procurar".

Com esse empobrecimento crônico (é o 8 mês seguido de queda no rendimento) e aumento das taxas de juros, o endividamento das famílias chega em uma situação insuportável. Nas seis principais regiões metropolitanas do País, as pessoas ocupadas estavam recebendo em setembro, em média R$ 2.179,80. De acordo com o DIEESE, o salário mínimo necessário para esse mês deveria estar em R$3.240,27. Já os últimos dados do IBGE relacionados ao trabalho e rendimento, de 2010, apontava que 72% dos brasileiros viviam com até 2 salários mínimo (que na época não passava de R$1.020,00 e que hoje chega apenas em R$1.576,00).

Esquerda Diário/ Agência Estado




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