De acordo com o levantamento, realizado pelo Ipea, o Nordeste foi a região em que os trabalhadores mais sofreram com a queda na renda
quarta-feira 16 de junho de 2021 | Edição do dia
Imagem: Reprodução Diário do Nordeste/Fabiane de Paula
O rendimento efetivo dos trabalhadores sofreu uma redução de pelo menos 2,2% no primeiro trimestre de 2021. Isso é o que aponta estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta-feira, 16. A análise observa o impacto da pandemia de Covid-19 no mercado de trabalho e utiliza a base de dados da Pnad Contínua.
O recorte regional dos rendimentos revela que o Nordeste foi a região mais afetada pela segunda onda da pandemia, com queda de 7,05% da renda efetiva, e o Centro-Oeste teve o menor impacto na renda, com queda de 0,84%.
Segundo Sandro Sacchet de Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, uma das possíveis explicações para a queda absurda no Nordeste é a grande dependência do setor de serviços na região. Esse segmento reúne atividades que foram diretamente atingidas pela piora da pandemia, como operações de turismo, bares e restaurantes.
De acordo com o levantamento, a pandemia também afetou a proporção de domicílios sem nenhuma renda do trabalho, que subiu de 25% no primeiro trimestre de 2020 para 29,3% em igual período deste ano. O que confirma que a recuperação do nível de ocupação segue lenta entre as famílias de renda mais baixa.
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