×

Eleições 2022 | Aliados reconhecem eleição, mas Bolsonaro não se pronuncia até o momento

segunda-feira 31 de outubro de 2022 | Edição do dia
Foto: Evaristo SA (AFP)

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador bolsonarista eleito em SP, Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados também aliado de Bolsonaro e até mesmo Sergio Moro (União Brasil), lavajatista que fez parte da ala mais reacionária do judiciário. Esses são alguns nomes que estiveram esses anos e até ontem ao lado do reacionário Bolsonaro, alguns diretamente em campanha, que já reconheceram a vitória de Lula. Bolsonaro segue em completo silêncio.

Tarcísio disse que sua relação com Lula será republicana, que "vai ser fundamental no alinhamento com o governo federal". Lira disse parabenizou Lula, disse que "é preciso construir pontes". Moro disse que "a democracia é assim", que vai "trabalhar pela união dos que querem o bem do país. Estarei sempre do lado do que é certo! Estarei na oposição em 2023,respeitando a vontade dos paranaenses". Além deles, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, também se pronunciou.

Mas da Alvorada, até agora, não saiu nada, nenhum pronunciamento. Bolsonaro chegou a receber visitas pessoais no Palácio, que receberam a resposta de que já estava dormindo.

O país está dividido, o bolsonarismo se fortaleceu no Legislativo, nos governos estaduais e parte da sua base ja realizam reação reacionária ao resultado federal, como os caminhoneiros fechando rodovias pedindo intervenção militar e uma morte em uma comemoração em Minas Gerais. A vitória eleitoral de Lula o torna um presidente que iniciará seu governo com uma grande polarização social, com esse fortalecimento do bolsonarismo e com uma crise econômica herdada no país. A PRF e o Exército atuaram diretamente ontem para impedir os eleitores, majoritariamente nordestinos de votarem. A atuação autoritária do Judiciário também segue existente.

É imprescindível impedir as ameaças golpistas de Bolsonaro, ameaças de qualquer tipo da extrema direita, com greves e paralisações, sem nenhuma confiança do TSE. O autoritarismo judiciário foi parte das manobras direitistas que facilitaram o caminho do bolsonarismo desde 2016, não são nossos aliados. É necessária a mobilização nas ruas, com chamados das centrais sindicais, para paralisar o país, independentemente do governo Lula-Alckmin.

Veja também: Derrotar o bolsonarismo, as reformas e os capitalistas organizando a luta de forma independente do governo




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias