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Palestina Livre | Manifestações massivas em Israel mostram desgaste de Netanyahu em meio ao genocídio contra o povo palestino

Milhares de manifestantes tomam as ruas de Israel, no último final de semana, em umas das maiores manifestações desde o início da guerra exigindo um acordo paraa libertação de todos reféns detidos na Faixa de Gaza e a destituição de Netanyahu que se recusa a cessar o genocídio.

Julia CardosoEstudante de Ciências Sociais da USP

quarta-feira 3 de abril | 16:02

A noite do último sábado (30) foi marcada pelas ruas das cidades de Tel Aviv, Cesareia sendo tomadas pela população israelense fechando ruas, fazendo fogueiras e carregando cartazes e fotos dos reféns israelenses para exigir uma negociação pela libertação de todos os reféns presos na Faixa de Gaza e destituição do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e ainda, novas eleições, no caso de Tel Aviv. No domingo ocorreu uma das maiores manifestações já vistas desde o início do conflito em Jerusalém, ao redor do Knesset, isto é, o prédio do parlamento de Israel.

As manifestações contaram com bastante repressão por parte da polícia de Israel, se utilizando de canhões de água para dispersar os manifestantes, ocorrendo a prisão de 16 pessoas e 9 multas em Tel Aviv devido a “interrupção do trânsito e bloqueios de estradas”, segundo comunicado da polícia. Mostrando do que realmente se trata o governo de Netanyahu, o qual é uma ditadura que, para além de ter um projeto criminoso e nojento de limpeza étnica para os palestinos, carregando em suas mãos marcas de sangue, também em nada está a serviço dos interesses da população israelense.

No entanto, os manifestantes resistiram à repressão gritando: “Não desistiremos até que as coisas melhorem” e na região de Cesareia enfrentaram as barricadas da polícia marchando em direção à residência de Netanyahu sob as seguintes palavras de ordem: "Não há perdão para o anjo da destruição" e "Não há perdão para os fracassos e o abandono".

Também no domingo vimos Netanyahu repetir a sua operação em Rafah, região ao Sul da Faixa de Gaza em se situa a maior concentração de refugiados palestinos, "Não há vitória sem entrar em Rafah", disse o primeiro-ministro. Ou seja, vemos aqui que os objetivos do criminoso de guerra Netanyahu segue sendo utilizar os reféns como pretexto para continuar o ataque sionista contra os palestinos, isso mesmo quando os próprios israelenses familiares dos reféns reivindicam um novo acordo de paz. Assim, fica evidente que o interesse de Netanyahu nem de longe se encontra na preocupação com os reféns, mas em continuar seu plano de expansão colonial e genocida na Faixa de Gaza.

Por isso, os protestos aqui descritos demonstram que os interesses do estado sionista e colonial de Israel divergem de sua população, e nada tem a oferecer a ela se não mais sangue de seus crimes de guerra e sua expansão colonial.

É preciso se apoiar nos exemplos da realidade para ver que o genocídio e extrema-direita se combate pela mobilização internacional, confiando nos trabalhadores de todo mundo e no povo árabe, para enfrentar o sionismo e o estado de Israel.

Pelo cessar-fogo imediato! Pelo fim das relações político-econômicas e militares do Brasil com Israel! Pela construção de uma forte mobilização internacional em solidariedade e apoio à luta palestina!




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