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Justiça burguesa | Justiça nega prisão de empresário que atropelou e matou motorista de aplicativo

Na madrugada do último domingo (31), o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho que estava em alta velocidade, colidiu contra o carro do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, causando sua morte. Mesmo sendo indiciado por homicídio doloso, lesão corporal e fuga de local de acidente e se negando a fazer o teste de bafômetro, teve sua prisão negada pelo judiciário brasileiro. Enquanto a justiça se coloca ao lado dos patrões em casos escandalosos como este, a polícia militar de Tarcísio avançam dia após dia com o massacre na Baixada Santista.

quinta-feira 4 de abril | Edição do dia

A justiça burguesa prova diariamente sua parcialidade e que determina a favor de seus interesses. Essa semana, um acidente de trânsito fatal, causado pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho (24), levou à morte Ornaldo da Silva Viana (52), motorista de aplicativo. O motorista, em seu carro de luxo, realizou uma ultrapassagem proibida, em alta velocidade e possivelmente embriagado, colidindo com o carro da vítima. Policiais foram até o local, abordaram o empresário, e antes que realizassem o bafômetro, ele fugiu, se apresentando à delegacia apenas 40 horas depois do acidente.

Mesmo depois de ser indiciado por homicídio doloso, lesão corporal e fuga de local de acidente, a polícia solicitou que ele fosse preso e a Justiça paulista negou o pedido. A defesa do motorista afirma que o empresário estava sóbrio e que não se pode utilizar uma suspeita de embriaguez para julgar o caso, sem que os testes apropriados tenham sido realizados. No entanto, os testes não foram realizados por conta da fuga do local. É bastante suspeito também que ele tenha conseguido deixar o local sem o aval da polícia. Os advogados negam, ainda, que Andrade Filho tenha fugido e afirmam que ele só saiu do local do acidente, liberado por policiais, para ir a um hospital.

Todo este caso, mostra que tanto a justiça, quanto a polícia, estão de braços dados com a burguesia, ainda mais quando a vítima é um trabalhador precário. Enquanto a polícia militar de Tarcisio, deixa um assassino escapar, essa mesma polícia comete um banho de sangue nas favelas da Baixada Santista, utilizando dos melhores equipamentos e tecnologias disponíveis, para executar seu trabalho de perseguição e assassinato racistas da melhor forma possível. Lá, foi registrado um aumento de 138% das mortes pela polícia, em relação ao ano anterior.

Nenhuma confiança no Judiciário racista e elitista, apenas com a força e luta dos trabalhadores e da juventude é que se pode arrancar justiça de fato. Pelo fim imediato das operações policiais racistas de Tarcísio que ceifam a vida da juventude negra.




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