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Precarização | Motoboy morre em meio a temporal em Porto Alegre: o capitalismo e a crise climática matam

Um jovem de 29 anos foi levado pelo temporal que aconteceu na última terça-feira (16) em Porto Alegre, enquanto trabalhava fazendo entregas. A combinação entre capitalismo, precarização e crise climática é letal à classe trabalhadora.

domingo 21 de janeiro | Edição do dia

O Rio Grande do Sul tem sofrido as duras consequências da crise climática no último período, e a passos largos. Após um 2023 com enchentes históricas, 2024 já inicia com a barbárie instalada. O temporal que atingiu o estado na última terça-feira, 16, deixou um rastro de destruição por onde passou, deixando milhares sem luz e água por dias, inclusive até o momento, dia 21. O jovem trabalhador motoboy de 29 anos foi uma das vítimas desse temporal.

Estima-se que as rajadas de vento durante o temporal chegaram a 89km/h e até mesmo 107 km/h em alguns pontos da capital e da região metropolitana. Se na maioria dos bairros, a população não estava segura sequer dentro de casa, imagine aqueles que não puderam parar de trabalhar enquanto o temporal acontecia. Foi o caso desse trabalhador.

Veja: Centenas de pessoas saíram às ruas do centro contra a falta de água e luz em Porto Alegre

Ele estava a caminho de realizar uma entrega no bairro Jardim Itu, perto do Arroio Mangueira. Por conta da chuva, as ruas estavam alagadas e o arroio havia transbordado, o que o obrigou a abandonar sua moto. O veículo foi arrastado pela força da água. Ao atravessar uma das pontes sobre o arroio, o trabalhador também. Seus pertences foram encontrados perto da região do arroio no dia seguinte.

Isso não é normal. O avanço da crise climática, causado pelo capitalismo, combinado com a precarização do trabalho é letal à classe trabalhadora. Enquanto esse motoboy perdeu sua vida ao trabalhar em meio a um temporal histórico, os grandes empresários estavam seguros e salvos com seus lucros retirados em cima da exploração de cada gota de suor dos trabalhadores. Cerca de 100 mil pessoas seguem sem luz e água. Acompanhe tudo pelo Esquerda Diário, pois enquanto a população está há mais de 90h sem o básico, a mídia burguesa passa pano para privatização da CEEE e defende Leite e Melo, que são responsáveis pela situação do RS junto da Equatorial.

Na última semana, cerca de 40 protestos foram registrados em Porto Alegre e na região metropolitana, e nessa próxima semana estão sendo chamadas novas manifestações pelo restabelecimento imediato de água e luz a toda população e pela reestatização da CEEE, que precisa ser sob controle dos trabalhadores e dos usuários.

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