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Rumo ao dia 03 | Que o STMC chame uma assembleia já para unificar a luta contra Dário e Tarcísio em Campinas

sexta-feira 22 de setembro de 2023 | Edição do dia

A extrema direita no Estado de São Paulo vem se preparando para aplicar uma série de ataques aos trabalhadores, aos serviços públicos e a toda população. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do mesmo partido do prefeito de Campinas Dário Saadi (Republicanos), quer implementar o mais rápido possível uma agenda de privatizações que mira o Metrô, CPTM, Sabesp e várias outras estatais. Para os políticos da direita, os serviços públicos devem servir aos lucros e não ao bem estar da população.

No entanto, de forma acelerada vem se gestando a resistência aos ataques desses representantes da direita e extrema direita. Metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp votaram em assembleias uma greve unificada no dia 03 de outubro contra as privatizações de Tarcísio. Nos últimos dias, os estudantes da USP iniciaram uma greve geral pela contratação de mais professores e por permanência estudantil.

Nós do Movimento Nossa Classe em Campinas, achamos que é o momento de nos somarmos a essas mobilizações fazendo com que Dário, que possui os mesmo objetivos de precarizar e privatizar os serviços públicos, sinta a força da unidade dos trabalhadores em luta. Por isso, consideramos fundamental a realização de uma assembleia da educação, saúde e assistência social, chamada pelo STMC para organizarmos um dia de paralisação no dia 03 de outubro, incluindo nossas demandas contra os inúmeros ataques de Dário Saadi.

Dário segue os passos de Tarcísio em Campinas

Dário Saadi da forma hipócrita, característica dos que fazem política a serviço dos ricos, tenta fazer da “modernização” e “eficiência” a cara de sua administração. Enquanto propagandeia projetos como a cidade inteligente e o trem intercidades, coloca em prática programas antipopulares e privatizantes, sendo a terceirização e as benesses a empresas uma contínua em seu mandato. Um símbolo nefasto dessa política foi o vexatório programa de casas de 15 m² para abrigar os moradores da Ocupação Nelson Mandela na região do Aeroporto de Viracopos. Um verdadeiro escárnio aos mais pobres, depois de anos de uma prefeitura de ataques e repressão violenta às ocupações.

A multinacional espanhola Acciona, é uma grande aliada de Dário e Tarcísio, e tem sido uma das principais beneficiadas por suas administrações. Ela é a responsável pela construção da Linha 6 do Metrô de São Paulo e enfrentou uma greve dos trabalhadores dos canteiros de obra que denunciaram que recebem comida crua ou estragada, que trabalham com dinamite dentro de túneis sem receber adicional de periculosidade, que sofrem acidentes e não têm plano de saúde, recebem muito mal e ainda precisam conviver com seguidos atrasos e calotes. Essa é a mesma empresa para quem Tarcísio quer vender a Sabesp e o trem São Paulo-Campinas. Não podemos permitir que essa medida, que contará com dinheiro do governo federal via novo PAC, seja erguida em base a trabalho precário.

Um dos carros chefes da privatização do metrô em São Paulo tem sido a terceirização. Em Campinas, não tem sido diferente. No começo do ano, Dário encaminhou a terceirização do Pronto Socorro Adulto (PSA) do Hospital Mário Gatti, um dos principais hospitais da região. As licitações para empresas terceirizadas realizarem trabalhos de enfermagem estão sendo recorrentes, aumentando a precarização dos trabalhadores e do atendimento público. pressionando para a redução de concursos e contratação de efetivos.

Na Educação, Dário vem se mostrando irredutível em considerar as agentes de educação infantil como professoras, anuncia planos de ampliação das escolas integrais no ensino fundamental sem resolver os inúmeros problemas de precarização e sobrecarga de trabalho nas escolas municipais e as chamadas “creches do amanhã” sem garantia que não serão co-geridas por OSCs.

Não suficiente, sua gestão segue fazendo das escolas nichos de lucro para empresas terceirizadas que atrasam pagamentos, assediam seus funcionários e pioram constantemente as condições de trabalho e de atendimento. Ao mesmo tempo, sua política beneficia políticos conservadores que assediam professores com pautas reacionárias, que ressuscitam o “Escola sem Partido”, atacando a autonomia pedagógica e praticando ingerência na educação municipal. A ideologia conservadora, machista, racista e homofóbica do bolsonarismo continua viva nos representantes da extrema direita e se combinam com a privatização e a precarização dos serviços públicos.

É necessário uma assembleia dos servidores municipais! Greve Geral contra as privatizações de Tarcísio!

A mobilização unificada contra Tarcisio de Freitas e Dário Saadi é o caminho para barrar os ataques no Estado, mas também na cidade. Estamos lidando com os mesmo inimigos e o sucesso da greve geral contra as privatizações no dia 03 de outubro pode colocar os trabalhadores de Campinas na ofensiva contra os ataques em curso na cidade.

A política de Dário e Tarcísio se utiliza de mecanismos abertos pelas políticas frente ampla e do governo Lula-Alckmin como o Arcabouço Fiscal que fortalece a privatização e as Parcerias Público Privadas. A manutenção das Reformas, como a trabalhista, significa um impulso para que políticos bolsonaristas como Tarcísio ou Zema em Minas Gerais apliquem planos de privatizações. Por isso, consideramos que a mobilização independente dos trabalhadores é a única saída para barrar os ataques em curso.

Há tempos, temos denunciado a prática burocrática, os compromissos com a administração e governos municipais e o distanciamento da base por parte da diretoria do STMC que evita a todo custo pautor os principais temas que envolvem a vida das trabalhadoras e trabalhadores do município: os ataques da extrema-direita e do neoliberalismo nas escolas, a terceirização, a precarização e a sobrecarga em todo serviço público, o desmonte da assistência social. Tal política, desarma os trabalhadores em um momento decisivo como esse, em que podemos barrar a sanha privatista da política da extrema direita.

Consideramos que é responsabilidade da diretoria de nosso sindicato convocar urgentemente uma assembleia da categoria para organizarmos uma forte paralisação em Campinas contra as privatizações de Tarcísio e os ataques de Dário Saadi. Chamamos também os setores de oposição a fazerem a mesma exigência e começarmos a organizar em nossas bases a mobilização, exigindo da direção sindical que saiam da paralisia. É necessário a unidade das fileiras da nossa classe, na luta, para enfrentar essa nova onda de privatizações e ataques da extrema direita.




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