terça-feira 7 de novembro de 2023 | Edição do dia
O Governo do estado de São Paulo, que tem à frente o bolsonarista Tarcísio de Freitas do Partido Republicanos ─ partido que faz parte da base do governo de Frente Ampla -Alckmin, compondo um de seus ministérios ─ , este governo vem implementando uma ofensiva para privatizar e terceirizar grandes empresas públicas estatais que prestam serviços essenciais como o Metrô, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), além de outros setores como hidrovias, rodovias, loterias e a Educação.
Nesse momento, os trabalhadores estão resistindo e lutando contra tais ataques, com uma agenda de mobilizações e greves. No dia 03 de outubro, Tarcísio sofreu uma derrota com a realização da greve unificada de um dia dos trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp, e que contou com uma importante expressão de apoio majoritário da população aos grevistas, como ficou claro a contragosto das grandes mídias que fizeram a cobertura.
Como resposta, no dia 24 de outubro, Tarcísio de Freitas e o Metrô avançaram sobre os metroviários, que são linha de frente da mobilização, com perseguição e demissões políticas de 8 metroviários e 1 suspensão, constando dentre os demitidos o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários e outros diretores do sindicato. Um claro e absurdo ataque e uma represália ao movimento sindical, ao direito de greve dos trabalhadores e à vanguarda que luta contra a piora e o encarecimento dos serviços públicos e contra a precarização do trabalho.
A luta contra as privatizações e as terceirizações é nacional e envolve setores dos transportes, saneamento e inúmeras empresas como Petrobras e Correios. Os trabalhadores das estatais de SP são hoje a vanguarda dessa luta, e ela interessa a toda a população. As demissões do Metrô são um ataque a todo o movimento sindical do país!
O Sindicato dos Metroviários está realizando uma ampla campanha democrática, que seja inclusive uma campanha internacional, convocando todas as centrais sindicais, sindicatos, partidos, intelectuais, juristas, deputados, movimentos de direitos humanos que defendem os direitos dos trabalhadores do Brasil e de todos os países a exigir a reintegração imediata dos trabalhadores demitidos e a anulação das punições.
Lutar não é crime! Abaixo as demissões no Metrô de São Paulo, nenhuma punição! Reintegração já!
