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Unicamp | Contra o Ponto Eletrônico: todes à Paralisação do dia 16/08!

terça-feira 15 de agosto de 2023 | 22:30

Nos conselhos administrativos da universidade, por onde a injustiça fica mais visível, já que lá o poder de voto dos servidores técnico-administrativos é apenas 1/5(20%), o ponto eletrônico foi aprovado, mesmo com grandes manifestações contrárias, em frente a reitoria, contando com mais de mil pessoas.

O ponto eletrônico é um enorme ataque aos trabalhadores efetivos e terceirizados da Unicamp.
O mesmo reitor que se elegeu com um discurso de defesa da democracia, agora implementa o ponto eletrônico de forma autoritária, desconsiderando a opinião dos trabalhadores que serão afetados diretamente pelo ponto. Enquanto isso, avança com a precarização do trabalho, através do aumento nos acúmulos de funções, fruto da falta de funcionários efetivos e com cada vez maior exploração dos trabalhadores terceirizados, como vimos no bandejão, administrado pela Empresa Soluções, junto da reitoria.

Se engana quem pensa que todos terão que registrar o horário no ponto eletrônico. O reitor, os pró-reitores, os médicos, os residentes, demais chefias e docentes estão fora do ponto eletrônico, enquanto enfermeiros e técnicos serão obrigados a registrar de forma digital. Em outras palavras, aqueles que não batem ponto, decidiram que os outros devem bater.

O ponto eletrônico, no fundo, é uma tentativa de começar uma reestruturação do trabalho na universidade. No Hospital, por exemplo, o ponto eletrônico fará com que as horas extras se tornem banco de horas, diminuindo o a remuneração dos trabalhadores da saúde. O ponto também aumentará consideravelmente o assédio moral por parte das chefias, com o aumento do controle e da vigilância sobre cada funcionário, dificultando a participação em atividades sindicais. Além disso, os técnicos-administrativos terão que trabalhar mais para repor todos os recessos e emendas de feriado, começando o ano “devendo horas”.

Esse plano de ataques de Tom Zé e do CONSU ocorre em meio ao governo Tarcísio, que baixa aplicativos sem autorização no celular dos professores, ataca a educação e busca avançar nas privatizações. Nesse sentido, as medidas da reitoria para os servidores combina muito bem com a lógica privatizante e empresarial implementada no Estado. Por isso dizemos que é necessário ampliar nossa luta.

Chamamos todes trabalhadores para a paralisação que acontece no dia 16/08. É preciso que o sindicato organize em cada local de trabalho discussões sobre o ponto para preparar a nossa mobilização pela base. É necessário envolver todos os setores da Unicamp afetados e fazer da luta contra o ponto eletrônico uma grande mobilização contra a crescente precarização do trabalho e o assédio moral na Unicamp.




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